Em tempos de escassez de terrenos, o retrofit tem sido a alternativa do momento principalmente nas grandes cidades. Na verdade, a técnica já é bem difundida nos EUA e no Canadá, e recentemente experimentada com sucesso em São Paulo.
O termo em bom português seria algo próximo de "retomar". Ao pé da letra: retro = 'andar para trás' e fit = 'adaptação' ou 'ajuste', que traduz exatamente o conceito da técnica: reciclar uma edificaçào já existente, desde a sua infra-estrutura até seus aspectos estéticos, porém com o objetivo de revitalizar o potencial arquitetônico original da edificação, muitas vezes deteriorado naturalmente pelo tempo.
Entre as principais vantagens, embora talvez seja complicado intervir em estruturas antigas, pode se destacar que normalmente tais edifícios são de excelente localização e qualidade material, além de o prazo para a entrega ser bem mais reduzido em relação ao caso de uma construção partindo do zero.
Um belo exemplo de retrofit foi executado pela Reinach Mendonça Arquitetos Associados. O edifício em questão, com mais de 30 anos de existência projetado pelo arquiteto paulista Júlio Naves, abrigava uma arquitetura com traços de vanguarda modernista.
O trabalho desenvolvido pela equipe da Reinach aproveitou a linguagem original da edificação, transformando os imensos vãos livres em 164 unidades de lay-out diversificado.
O prédio como um todo ganhou um toque comtemporâneo sem perder as referências modernistas do projeto original. A fachada anteriormente trabalhada em aberturas sombreadas por marquises na face norte, ganhou grandes panos de vidro permitindo a integração dos escritórios com o jardim externo e a possibildade de flexibilização do layout de seus 14 pavimentos foi otimizada.
Não houve dúvidas acerca do sucesso do empreendimento Escritórios Europa (assim batizado): todas as unidades foram vendidas nas primeiras 72h do lançamento.
A revista Infra publicou um artigo detalhado abordando passo a passo do retrofit, vale a pena conferir:
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